A ordem é progredir, a regra-geral é sempre prosperar e evoluir e até para vencer na vida é preciso coragem.

A sua filosofia de vida define quem você é, os seus atos e os seus pensamentos. Mas o que define a nossa filosofia ? A filosofia, assim como a vida, tem mais perguntas do que respostas.

Assim como não sabemos quem somos, de onde viemos e para onde iremos, também desconhecemos as origens dos nossos pensamentos. Mas devemos controlar nossos pensamentos quando o negativismo vem à nossa mente, o que geralmente vem acompanhado de alguma emoção de baixa vibração, desejo incontrolável de auto-punição ou conflito (racional, religioso ou existencial), para que não haja atitudes, ações e comportamentos desagradáveis, explosivos, destrutivos e desleais que possam gerar sofrimento, arrependimento e tristeza a nós mesmos e/ou aos outros. Quando estamos excessivamente eufóricos, também é importante controlarmos nossos pensamentos e as emoções subseqüentes, pois o excesso de auto-confiança, alegria exacerbada (histeria) e impulsos extravagantes também podem ser prejudiciais na medida que nos causam desequilíbrios orgânicos (pressão arterial aumenta, há mais secreção de hormônios, o metabolismo fica mais acelerado e a respiração fica mais superficial, por exemplo). Além do que, quando estamos excessivamente auto-confiantes, nos sentimos o “maioral”, o imbatível e achamos que podemos “mudar o mundo” e fazer com que as pessoas nos sigam ou nos obedeçam (o insaciável e ancestral desejo de ser o dono da razão e de controlar tudo e todos sempre). E se algo der errado ou não conseguirmos atingir nossos objetivos, pensamos que algo ou alguém nos sabotou, afinal de contas, se somos “os maiorais” o que falhou então ? De quem é a culpa ? As pessoas fogem da culpa, do sofrimento e do medo o tempo inteiro e tentam racionalizar os acontecimentos e as emoções adequando à sua filosofia de vida (o seu jeito de ser e lidar com si mesmo, com os outros e com o meio à sua volta). Por isso, estamos sempre no âmbito da Relação Luta-e-Fuga. De acordo com os acontecimentos, instintivamente, escolhemos entre lutar (encarar) ou fugir (reconhecendo que não é favorável ou não podemos e nem devemos encarar, pois não temos condições e nem coragem e/ou forças para vencer).

Vemos o “jogo” dessa Relação Luta-e Fuga na natureza o tempo todo. Por exemplo, uma ovelha andando num campo encontra uma onça. Primeiro ela pára de andar, os seus músculos se preparam para lutar ou fugir e o seu cérebro avalia a situação em frações de segundo. Instintivamente, ela sabe que não pode vencer a onça e então corre (foge) o mais rápido que puder. Em vez da pessoa olhar para dentro de si e querer melhorar e/ou mudar o que puder ou precisa ser melhorado e mudado (nós sabemos quais são nossas qualidades e pontos a serem melhorados), ela coloca a responsabilidade, a fraqueza e a culpa nos outros, no meio à sua volta e até em D`us (ah, assim foi melhor, porque D`us não quis e vamos deixar as coisas como estão então e “jogamos a toalha”). Afinal se a gente se acha o “fodão”, temos certeza que não temos defeitos e sim que o mundo e as outras pessoas são as defeituosas e começamos a querer “consertar as coisas” e achamos que somos a cura e a salvação (síndrome do Falso Messias) para os outros e para o mundo. Então, o perigo reside no fato de querermos cortar e/ou controlar (subjulgar) as “pessoas defeituosas, impuras (por questões financeiras, intelectuais, raciais, religiosas ou comportamentais) e sabotadoras (inimigas, pois ou você está do meu lado, me obedecendo e agindo conforme as minhas crenças ou está contra mim) e as situações desfavoráveis, comprometedoras (escondendo as coisas erradas e pecaminosas que fazemos e pensamos) e  que nos causam vergonha (fiz algo errado sabendo que estava agindo errado – os fins justificam os meios – e não segui a minha consciência e não parei ou corrigi enquanto havia tempo e chance e agora tento mentir para mim mesmo convictamente para que eu possa acreditar nos meus propósitos, lidando com os meus próprios erros e seguir em frente e sem culpa.

Pensamos que estamos livres, leves e soltos. E como não houve uma conseqüência punitiva, continuamos (teimando) no mesmo padrão errado, equivocado e desequiibrado e sem estarmos de acordo com as Leis Divinas do Amor e da Justiça). Pelo resultado da Lei de Ação e Reação (Carma), não conseguimos os nossos objetivos e nos frustramos. Isso gera ódio, raiva, ira, mágoa, pessimismo, desmotivação e até depressão. Percebam como é o ciclo vicioso da seguinte relação de causa e efeito: objetivo não-atingido (empenhamos força e intenção, com fé e positivismo) -> raiva e ódio -> frustração (e busca dos motivos do porque não aconteceu e a culpa foi de quem e/ou do quê) -> pessimismo e lamentação -> desejo de auto-punição e sentimentos auto-destrutivos e pessimismo generalizado (já que eu não me dei bem na vida, também não quero que ninguém se dê bem e nem seja feliz ou vitorioso – isso só atrai coisas ruins para a própria pessoa) -> depressão (cheguei no fundo do poço: ou começo a reagir ou “morro” de vez – fatalismo) ->  construção da nova “carcaça ou armadura” (construímos aos poucos um novo personagem para nós mesmos, como se estivéssemos dando uma segunda chance ou buscando uma “revanche” contra os outros (as pessoas às vezes debocham e pisam na gente quando estamos “por baixo”, a vida ou até contra D`us -> empenhamos força, intenção, fé, positivismo e tempo (buscamos novos caminhos para vencer) -> por algum motivo (a culpa é de quem ?) as coisas não saem como queríamos ou precisávamos e os resultados desejados não são obtidos novamente -> o ciclo continua: raiva, ódio, rancor, ira e apatia (fraqueza mental (e moral), desgaste emocional e enfraquecimento corporal e de objetivos na vida).

Isso tudo ocorre quando não agimos (empenhamos força) e pensamos (intenção e interesse) de acordo com as Leis do Amor e da Justiça. O ser humano é movido primitivamente por necessidade (fome, preparo para a defesa e proteção) e interesse (como não sou forte o suficiente então preciso organizar um grupo que atenda aos meus interesses individuais ou para garantir e preservar os meus interesses (sempre mesquinhos, vingativos e controladores). Ou ainda para não mostrar a minha fraqueza atuo sempre de forma vigorosa, punitiva, racional e sem demonstração de afeto, compaixão e caridade. Isso gera uma condição de aflição (posso ser descoberto a qualquer momento e as pessoas poderão ver o quanto sou fraco, incapaz, “defeituoso” e desequilibrado) e de conflito interno (pois o ser humano sabe o que é certo e errado e é puro de nascência e de essência – a nossa alma é pura e faz parte da essência divina, mas temos que agir conforme os nossos interesses e prioridades e sem piedade).